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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Balões

Fosse pelo brilho contra a escuridão do céu à noite, ou pelo sorriso que arrancava das pessoas, o fato é que eu sempre fui fascinada por balões. Esse pontinhos de luz, como estrelinhas que se movem pelo céu, me deixavam pensando... de onde vieram, para onde vão, quem os percebem ou lhes são indiferentes? Perguntas quase filosóficas.
Eu também, como curiosa que sou, procurava um fio, que como as pipas, os ligassem à terra. A física trouxe a explicação - e talvez um certo desencanto - mas deixou uma constatação um tanto poética : eles eram livres para vagar, até que o fogo que os consumiam, se acabasse. Talvez nós também sejamos um pouco assim (cabe esclarecer que "fogo" não necessariamente assume uma conotação sexual, particularmente, o meu seria a já referida curiosidade, que me possibilita uma liberdade criativa e não-corporificada, e portanto, a salvo dos outros).
Ver esses pedacinhos de papel colorido iluminando as noites frias me dá uma alegria infantil. E eu agradeço aos baloeiros por fazerem deles presentes à minha imaginação.




*PS : pra quê ser ecologicamente correta? ;)

3 comentários:

  1. vc tem um blog, vizinha, que linda! mas não gostei dessa dos baloes, baloes matam pessoas u.u

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  2. Os balões são bonitos, Betinha, mas, ao acabar o fogo, são capazes de levar muitas pessoas junto... de qualquer forma, eu gostei da sua metáfora =D!

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  3. Se eu tivesse de escolher um dos textos postados até hoje, esse dos balões seria de certo o meu favorito. Muito lúdico e filosófico, Roberta! Um tiro certo em quem tem uma eterna alma de criança, como eu! Eu adorei!
    Muitos beijos do Rafa!

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