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domingo, 20 de setembro de 2009

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação

Poética, Manuel Bandeira.


As idéias embaralham, mas a lucidez não podia ser maior. Novas cores, aromas - novos amores. A poesia torna-se líquida e as línguas, num doce engrolar, se soltam. (ou se enroscam, algumas se expressam melhor em conjuntos: binários, terciários, ou em qualquer possibilidade matemática alcançável)

Sorrisos (às vezes alguma lágrima incontida) e as almas dionísica, sedutoramente, desnudas. Império de Eros por excelência. Um saudável esquecimento, alegria genuína por algumas horas.

Tudo graças ao néctar (disponível em vários sabores!) preferido da juventude, dos poetas e de todos aqueles que trazem a centelha (divina) da criação no brilho dos olhos.

Porque ao longo do tempo, a bebida sempre foi perfeita fonte: de inspiração, de libertação, de consolo...





(Para os meus bêbados preferidos - de sempre)