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quarta-feira, 8 de julho de 2009

essa saudade que eu sinto, de tudo que eu ainda não vi...


e também do que eu vi. do que existe, existiu ou existirá. esse sentimento de que nada vai aplacar essa sede de ter, conhecer, seja gente, lugar ou livro, fatos e bichos, ainda vai me deixar maluca. ou já estou - só faltando o atestado. mas pra que serve o atestado se só diz algo que já sabemos?

sei lá, vontade de falar. por horas e horas, mas não sei nem de quê. ou com quem. então fico nesse monólogo aparentemente desconexo, porque na verdade, quando falo comigo mesma é tudo de uma verdade cristalina e simples, porque é o mundo que compluca tudo. "o inferno são os outros" diz Sartre.

aprendi com uma mestra de literatura. mestra não só de literatura, mestra em fazer chá e escutar seus alunos. em identificar seres pensantes, mesmo em criaturas de 16 anos. mestra em saber que mesmo nos amores adolescentes, mesmo nos namoros de escola, há amor o suficiente pra você ter a maior dor de cotovelo da sua vida, e mesmo depois de se desapaixonar e reapaixonar, sentir uma fagulha dele em você. e saber que ela vai permanecer pra sempre, porque ele foi você e você foi ele, mesmo com os apelidinhos, mesmo sem mal terem se tocado - porque suas almas se tocaram através do olhar. e foi noite na sua vida enquanto isso era o que dominava seu coração. e vai ser um eterno quase-alvorecer enquanto não achar outro que te faça sentir o mesmo.

e isso, ahhh, só se aprende escutando os silêncios que fazem parte da ópera da vida, como diria o tenor machadiano. e machado tem autoridade pra falar,né?


(pra aplacar o silêncio da saudade, vou cantar um pouco. porque eu vivo só pra música quando estou cantando.)

Um comentário:

  1. Adoro seus textos, a forma como vc escreve. Pode parecer desconexo sim, mas transmite toda a beleza que tem em você! Saudades! Beijos, Bia.

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