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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fragmentos

E eu acordei cheia de uma calma inspiradora. Posso dizer que pela primeira vez nessa semana, estou de fato feliz - daquela felicidade serena que se têm quando se aceita o momento como ele é, quando se olha o céu (de um azul límpido nesse diazinho de outono ameno) e se consegue sorrir, mesmo sem pensar em nada.

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Ouvi a sua voz sonolenta no telefone, entre arrependida e divertida. Arrependida de ter te acordado, mas talvez nem tanto assim. Saber que você acorda só pra falar comigo é no mínimo muito bom. Não por acordar em si, mas pela importância que você me dá, pra interromper assim seu descanso.

E a situação em si é divertida, vê-lo lutando contra um soninho que insiste em te puxar de volta pros domínios de Morfeu.

E a sua voz continua linda e me deixando tão encantada em escutá-la, como sempre.

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Aqui os passarinhos estão cantando. Uma melodia desordenada e alegre, como se eles não se importassem com quem quer que esteja ouvindo, tudo o que fazem é saudar o sol que brilha, tão amarelo quanto suas penas.

Acho que vou deitar no sofá com a minha cachorra e improvisar um dueto com os canários.

Mas eu saudaria, além do sol, você, que deve estar dormindo agora. Ninando seu sono, à distância.

Será que em sonhos, você consegue me ouvir?

domingo, 11 de abril de 2010

Como pra provar que nem tudo é perfeito, acordou de mau humor. Não tinha motivo nenhum (estava ilesa dos temporais de ultimamente, mas não das tempestades sentimentais) e no entanto, o mundo inteiro implicava com ela. E irritava-lhe até arrancar um choro sofrido, mesmo sem saber muito bem porque estava chorando.


Parecia mais um daqueles dias que só servem para te mostrar que a vida que se leva é muito diferente da vida que se quer - e não exatamente num bom sentido.


A única esperança é que quando fechasse os olhos, esse criatura ranzinza fosse embora, como essas incômodas nuvens que agora nublavam o céu...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio de uma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus mas como você me dói de vez em quando.

Caio Fernando Abreu





E no entanto é uma dor absolutamente necessária. Uma dor que eu escolho sentir todo dia - mas às vezes dói mais do que eu pensava.

E então você faz alguma coisa, que pode ser pequenininha como abrir um sorriso e me chamar de sua menina com uma flor (que é uma das formas que eu mais gosto que você me chame, porque é carinhosa, porque faz referência a um texto que eu amo e porque mostra que você é atento a cada pequena linha que eu escrevo - e que há muito tempo sempre tem alguma coisa pra você), e eu entendo que se é preciso doer para ter consciência desse sentimento que me deixa tão sem palavras, eu aceito essa condição com prazer.

E por ficar assim, sem saber direito o que dizer, é que eu te abraço forte toda vez que eu te vejo, e olho fundo nesses seus olhos lindos esperando que você consiga perceber o quanto você me dói de vez em quando.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Visto o casaco como forma de me esquentar nesse friozinho atípico de abril. Vermelho, de zíper e com bolsos. E grande. Do jeito que eu gosto, até a cor.


Puxo as mangas, enquanto sinto o frio ir desvanecendo. Encolhida, deixo a mente vagar pela noite anterior, até de manhã, quando tive meu 'bom dia' mais gostoso.


Pode não ser a mesma coisa, mas usar o seu casaco é como se de certa forma você me abraçasse. E isso é mesmo muito bom.

domingo, 4 de abril de 2010

Desenhos, sempre desenhos!






E ontem eu (re)vi Aladdin. E (re)cantei as musiquinhas, todas, com o mesmo entusiasmo da época em que elas eram novidade pra mim.


Além da nostalgia que os clássicos da Disney me trazem, o fato de serem musicais realmente faz com que eu nunca me canse deles, e os tenha sempre na minha lista de preferidos. Música, dança, cores - e final feliz.


Será que consigo ter o meu?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

imaginação demais às vezes atrapalha. E memória também. E ter lido certos livros, e ter mania de procurar sempre se refletir nas personagens, e ...



ser melodramática demais.