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sábado, 27 de junho de 2009

(Maus) hábitos...

Apesar da aparente arrogância (seria autosuficência?), era extremamente exigente. Com o que lia, com as opiniões, com os outros, consigo. Era razoável e bem justa, mas não admitia nada menos que excelente. O melhor, se possível.

Por isso, odiava se sentir impotente. A externalização máxima desse sentimento era quando precisava recorrer a terceiros, porque não daria conta - (de algo, de alguém, dela?). Não se importava, no entanto de ajudar, tampouco o fazia para enaltecimento - seu sentimento de solidariedade era genuíno.

Beirava o infantil em sua visão de mundo, acreditando no melhor das pessoas. Era condescente e sempre disposta a dar uma segunda chance, erros nos fazem humanos, gostava de repetir.

Porém, nada se aplicava a ela mesma. Nada de desculpas. A aparência tranquila destoava com a ansiedade de não ser o bastante: tinha que atingir um patamar acima do ideal. Não compreendia muito bem como podia ser assim, e por isso mesmo, não o demonstrava.

Por isso, escritora inconstante. Admitia que seus textos traziam às vezes algo de interessante, mas eram autobiográficos, autobiográficos demais. Expunha-se em cada linha, mais do que conseguiria dizer, mesmo para os melhores amigos. E ao alcance de todos. Além disso, dependia do humor para escrever.

Mas o primeiro passo é reconhecer-se necessitado, não? Então tentava. Precisava livrar-se desses hábitos.

2 comentários:

  1. Roberta, texto legal o seu! Isso é coisa de escritor msm, eu entendo XD!

    me aceita no twitter: http://twitter.com/diazso

    participe da manifestação #forasarney

    bjs! =****

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  2. quase nada auto-biográfico

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