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sábado, 29 de maio de 2010

Nada me deixa mais "autista" que ler. (Quer dizer, em meios sociais...) Mas então, eu fico com aquele olhar perdido, meio morta para o mundo, só que com a cabeça em plena atividade.

E ontem, além de ter em mãos um livro, eu tinha ainda crianças à vista. Pequenos de 7, 8 anos, com um pai no meio, brincando de Queimado. Olhava pra eles e lembrava de quando eu tinha os mesmo 7, 8 anos e passava os recreios e as Educações Físicas correndo, me esquivando e agarrando a bola, tacando com toda a minha força, engolindo o choro quando era "queimada" forte demais.

Fiquei um bom tempo parada, o livro esquecido, um sorriso bobo. Lembrei das minhas maria-chiquinhas compridas e lisas, que me renderam o apelido de Luz Clarita, os shorts meio largos, colocados no alto da cintura (mamãe e suas modas antiquadas - e hoje cintura alta é moda de novo, vai entender), as minhas botas ortopédicas.

E percebi de repente que quando eu me lembro disso tudo, e uma criança não sabe quem é Luz Clarita ou me olha sem pensar em me chamar pra brincar também, é um sinal claro que eu já cresci.

Agora, só quando tiver os meus filhos que voltarei a lidar com maria-chiquinhas, novelas infantis, cantigas...







E quem sabe eles me chamam pra jogar Queimado?

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